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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aviões ganham vida em novo filme de animação dos estúdios Disney

Filme de animação Aviões estreia em setembro no Brasil.
Animação levou quatro anos e meio para chegar às telas.

O filme de animação "Aviões", da Disney, estreia em setembro no Brasil com a voz da cantora Ivete Sangalo. A coluna Conecte foi a Los Angeles saber como a animação ganhou vida.
Se filme de animação faz qualquer um viajar, o que dizer de uma produção em que os protagonistas são aviões? Dusty é um pulverizador de plantações que realiza o sonho de participar de uma corrida aérea em volta do planeta. Ele faz amigos de diferentes culturas e é confrontado com os próprios limites.
A coluna Conecte conheceu os bastidores dessa aventura no céu. Aviões, o mais novo filme da Disney, derivado de carros, foi feito pela Pixar, mas não tem o dedo da empresa, comprada pela própria Disney em 2006. A animação levou quatro anos e meio para chegar às telas.
Tudo começou com uma longa pesquisa. No interior dos Estados Unidos, o roteirista encontrou um velho caminhão que serviu de inspiração para um personagem. Tinha ferrugem e uma marca que parecia um sorriso. Foi tudo incorporado no desenho.
Os desenhistas tiveram um grande desafio: eles eram da equipe que fazia os filmes da fada Sininho e tiveram de se adaptar aos aviões, atendendo a uma exigência do diretor.
"Se na vida real, as asas não dobram e os pneus não têm vida, nós não fazemos isso no filme. Como os aviões não têm mãos, quando precisamos que um entregasse alguma coisa para o outro, tivemos de usar a sparky, que é uma empilhadeira", diz Arturo Hernandez, desenhista de storyboard.
Haja paciência. De 50 mil desenhos feitos para um filme, 25 mil vão parar no lixo. "Você faz o seu melhor: Bota o coração e a alma nos desenhos. E quando você entra na sala para mostrar pra equipe, o diretor diz: não ficou bom. Aí você tem de fazer tudo de novo. Às vezes, personagens são excluídos da história e você tem que mudar todas as cenas em que ele aparecia. Você se acostuma a jogar coisas fora. Tem de tomar uma cerveja para esquecer", diz Dan Abraham, diretor de storyboard.
Depois que os desenhos ficam prontos, é hora de testar os movimentos e as proporções dos objetos. Depois, vêm os detalhes: a sincronia dos lábios e a luz, que faz toda a diferença. O filme contou com um especialista em aviação que entrevistou cem pilotos. "Eles acompanharam cada passo das sequências de combate. Aprendemos muito sobre regras da aviação e detalhes da comunicação via rádio", diz o supervisor de voo Jason Mckinley.
Um dos maiores desafios da equipe foi humanizar os aviões que, ao contrário de pessoas e animais, têm movimentos muito restritos. A saída foi carregar nos movimentos dos olhos, da boca e da suspensão. São esses três movimentos que expressam as emoções dos personagens.
Klay Hall, o diretor do filme, contou que aprendeu com o chefe, o famoso diretor John Lasseter, que tudo pode ser animado. "Qualquer coisa pode ter coração, alma e personalidade, inclusive máquinas. O essencial é ter uma boa história, com personagens interessantes, não importa o tema", diz.
Em aviões, um programa ajuda a produzir os movimentos em 3D, preenchendo o espaço entre um desenho e outro. Mas a criatividade continua sendo o maior trunfo, diz a produtora. "Temos ferramentas que nos ajudam a guiar os aviões, mas o maior trabalho é feito por pessoas realmente talentosas usando uma tecnologia que você pode achar no Brasil", diz a produtora Traci Balthazor-Flynn.
Em busca de uma boa bilheteria, a versão brasileira terá Ivete Sangalo como a voz de Carolina Santos Duavião, um "avião menina", digamos assim. “Mas é lindo. A gente vai fazendo e vai criando um carinho. Eu só imaginando meus sobrinhos, meu filho, os filhos dos meus amigos, meus fãs assistindo. É muito delícia”, diz Ivete.
Na dublagem, é difícil sincronizar. Os atores gravam cada frase 18 vezes. Esse é apenas um detalhe de um mercado bilionário que mexe com a imaginação do público e não para de se renovar.

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